Um caboclo sonhador. É assim que se define Maciel de Melo Santos, nascido em 26 de maio de 1962, quarto dos onze filhos do casal Heleno Rodrigues dos Santos e Maria de Lourdes. Natural de Iguaraci, município do Sertão pernambucano, localizado a 363 km da cidade do Recife. A arte sempre esteve presente em sua vida, desde pequeno escutou os acordes da sanfona do seu pai nas festas da região. Como toda criança, fez as traquinagens dignas de um menino que nasceu em meio as velhas brincadeiras que hoje já não mais existem: Garrafão, bola de gude, pião, carreirão, barra-bandeira, bola de meia, além dos carrinhos de lata que construía com a mesma delicadeza e cuidado com que hoje compõe suas canções. Foi músico da Bandinha Marcial de Iguaraci, sua cidade natal. Fez duas peças de teatro (O Gato Bossa Nova e A Bruxinha que era boa, ambas de Maria Clara Machado), na época do curso ginasial na década de 70 em Sobradinho - BA. Em 1978, já residindo em Petrolina, entrou para o Grupo Teatral Guterima, onde fez A Crucificação de Cristo e alguns espetáculos musicais. A partir daí, começou sua carreira como compositor e cantor. Para ele, a música tem o objetivo de educar, tocar o mais íntimo sentimento, sem mistérios, mas com a magia de um trabalho artesanal. Com sua facilidade em tecer poesias impregnadas de lirismo, sua presença nos palcos é um espetáculo completo de brasilidade, de nordestinidade e de culto à beleza da música e da poesia. Maciel Melo é hoje uma referência da música nordestina. Autor de sucessos gravados por grandes vozes do país (Elba Ramalho, Fagner, Dominguinhos, Xangai, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Amelinha, Quinteto Violado, Flávio José...entre tantos outros), contagia com seu ritmo, encanta por sua poesia e valoriza nossa mistura cultural. Bonitas de ouvir, gostosas de dançar, suas canções trazem em si componentes que se tornam únicas. Compositor de vários sucessos como o clássico Caboclo Sonhador, Que nem Vem Vem, Tampa de Pedra, Terra Prometida, Caia por cima de mim, Isso Vale um Abraço, Jeito Maroto, Dê cá um Cheiro, Pra ninar meu coração, O velho Arvoredo, Retinas, Rainha, Dama de Ouro, Duas Caravelas , João e Duvê...dentre tantas outras referências da Música Popular Brasileira. O primeiro impulso foi quando o Quinteto Violado gravou “Erva Doce”, em 1985. Maciel viajava para cada estado do país onde houvesse um festival, uma chance de mostrar a sua arte. Ganhou diversos prêmios. Dentre eles, um 1° lugar, no Canta Nordeste, da Rede Globo, em 1995, com “Meninos do Sertão”, parceria com Petrúcio Amorim, também gravada, em 2000, por Zé Ramalho, entrando como trilha sonora da novela “Marcas da Paixão”, da TV Record e em 2008 quando ganhou em 3° lugar o Festival de Música e Arte de Garanhuns-PE. Em 2003, conquistou as telonas, com a participação de Zéu Britto, em “Dama de Ouro”, incluída na trilha da comédia romântica “Lisbela e o Prisioneiro”, dirigida por Guel Arraes e estrelada por Selton Mello e Débora Falabella, em 2013 com a música Rainha na trilha sonora da Novela Global Flor do Caribe e em 2016 fazendo juntamente com seu amigo Xangai uma dupla de repentistas no elenco da Novela Global Velho Chico. Em 2012 fez no Linconl Center em Nova York uma homenagem ao Rei do Baião Luiz Gonzaga. Com 1 Lp, finalizando seu 18° CD, 2 Dvds e dois Livros publicado, esse Caboclo da cidade de Iguaraci/PE faz uma música simplesmente atemporal, como toda grande arte que se preze.
Direção: Chico Gorman Direção de Cortes ao Vivo: Thiago Ponce de Leon Streaming: Romulo Maia Som Direto: Chico Gorman Camera: Laura Gorman, João Amorim. Arte: Fernanda Barbosa Interação com as Redes ao vivo: Tatiana Rodrigues Silveira Apresentação: Chico Gorman Patrocínio: Pro-Empresa e Esse Forró é Nosso