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  • 'Tubarão Te Amo' e o retorno dos anos 2000
    Dec 15 2022

    No começo dos anos 2000, a banda carioca Tchakabum lançou um dos maiores hits de festas brasileiras, "Onda Onda (Olha a Onda)". Mais de 20 anos depois, a canção está de volta —e graças a mais uma música acompanhada de uma dança de TikTok, “Tubarão Te Amo”, um dos maiores sucessos deste fim de ano.

    A música faz parte de um movimento que tem crescido nos últimos tempos: o de canções com samples de hits dos anos 2000 ou com artistas que foram febre na época.

    O grupo Os Hawaianos, que despontou no Furacão 2000, é outro exemplo disso. A banda tem agitado festas juvenis com canções como “Vai Neymar, Brasil É Tois” e "Desenrola Bate Joga de Ladin", parceria com L7nnon.

    A referência aos anos 2000 na música é um movimento que tem acontecido em vários gêneros. Nos Estados Unidos, por exemplo, artistas como Willow Smith e Olivia Rodrigo botaram de volta nas rádios uma estética emo. No Brasil, hits antigos do axé, do funk e de outros gêneros estão sendo resgatados por uma geração jovem.

    O Expresso Ilustrada desta quinta-feira (15) explica o que há por trás desse movimento. Para isso, o programa ouve Marcelo Tchakabum, vocalista do Tchakabum, e Lucas Brêda, repórter de música da Folha.

    A produção de podcasts de cultura entra numa pausa, depois de quase quatro anos em que o Expresso Ilustradas discutiu as principais tendências do mundo das artes.

    A edição de som do podcast é de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e Carolina Moraes, que assinam o roteiro.

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    20 mins
  • Por que vísceras, sexo e sangue estão na moda no cinema
    Dec 8 2022

    Em “Crimes do Futuro", do diretor David Cronenberg, uma artista de vanguarda interpretada por Léa Seydoux comanda uma máquina imensa, cheia de bisturis. As ferramentas médicas abrem devagar o corpo de um homem, numa cirurgia vista por vários espectadores.

    A artista e o homem que passa pela cirurgia sentem prazer enquanto ela retira os órgãos de dentro dele. Os espectadores ficam em êxtase com a apresentação de voltagem sexual, e um deles resume que “a cirurgia é o novo sexo”.

    Esse é um tipo de abordagem sobre o corpo humano num estado bruto, em que algo que era considerado abjeto é motor de uma tensão erótica. Uma leva de filmes recentes mergulha nesse tema, e usa carne humana, vísceras e fluidos corpóreos para discutir erotismo, tecnologia e a vida contemporânea.

    É o caso de "Até os Ossos", de Luca Guadagnino, que está em cartaz nos cinemas. Todo o romance dos personagens vividos por Timothée Chalamet e Taylor Russell é costurado por canibalismo, mesmo tema que apareceu no filme de estreia de Julia Ducournau, “Raw”.

    A diretora francesa voltou a explorar esse tema em “Titane”, filme que levou a Palma de Ouro no ano passado. A personagem principal chega a ter relações sexuais com máquinas e tem implantes de titânio pelo corpo.

    Nesta semana, o Expresso Ilustrada debate porque filmes e séries estão explorando violência, sangue e vísceras atrelados ao sexo como nunca. O episódio também discute como esse tipo de abordagem apareceu no cinema ao longo da história e como hoje eles tentam chamar a atenção do espectador de uma maneira mais intensa numa era de excesso de imagens.

    Para isso, o podcast entrevista Mariana Baltar, professora da pós-graduação em cinema e audiovisual da Universidade Federal Fluminense, e Carlos Primati, especialista em cinema fantástico e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema.

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    22 mins
  • Copa 2022: como Qatar tenta limpar imagem, sob protestos de artistas
    Dec 1 2022

    A cerimônia de abertura da Copa do Mundo deste ano, no Qatar, teve como tema a diversidade. O ator Morgan Freeman e o influenciador Ghanim Al Muftah mencionaram os valores durante as falas que protagonizaram na performance. Mas enquanto o evento falava em celebrar as diferenças, a fama do Qatar de autoritarismo conservador só crescia.

    Com leis que condenam a homossexualidade e um histórico de violações de direitos humanos, o país é alvo de críticas de vários movimentos sociais e instituições pelo mundo, o que fez boa parte dos estrangeiros criticarem a escolha do lugar como sede da Copa.

    No centro dessa polêmica, artistas como Dua Lipa, Shakira e Rod Stweart chamaram atenção ao se manifestarem contra a autocracia do país. Já nomes como Ludmilla e Nicki Minaj foram criticados por fecharem acordos atrelados ao evento.

    O Expresso Ilustrada desta semana discute o impacto do posicionamento de artistas e celebridades diante das polêmicas envolvendo o maior evento de futebol do mundo e como as leis conservadoras do país impactam o mundo da arte.

    O episódio ouve o jornalista Diogo Bercito, que foi correspondente da Folha no Oriente Médio e é autor do blog Orientalíssimo, e com o Silas Martí, que é editor do núcleo de cultura da Folha e foi à Doha para analisar o que há por trás da arquitetura do Qatar.

    Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e Laura Lewer, que assinam o roteiro.

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    24 mins
  • Erasmo Carlos e o rock brasileiro
    Nov 24 2022

    Morto nesta terça, aos 81 anos, Erasmo Carlos era conhecido como "tremendão". O apelido veio da estética de badboy que o músico teve nos anos 1960, quando estourou no país como um dos principais nomes da Jovem Guarda, o movimento cultural que trouxe o iê-iê-iê dos Beatles para os microfones e as guitarras brasileiras.

    Não que Erasmo fosse, de fato, briguento. Pelo contrário. A fama dele era a de uma pessoa doce e romântica. A reputação de mau veio, na verdade, dos seus chapéus de caubói, penteado de franjas, camisa aberta e pinta de rockstar.

    Naquela época, Erasmo era uma das grandes celebridades do momento, sendo visto quase como um sinônimo de rebeldia.

    Ao longo da carreira, o cantor se consagrou como o pioneiro do rock brasileiro, mas não ficou limitado ao gênero. Ele também se estabeleceu como um dos maiores compositores do pop e da música romântica do país, especialmente devido às centenas de canções escritas com o amigo Roberto Carlos, uma das parcerias mais bem-sucedidas da história da música nacional.

    O Expresso Ilustrada desta semana relembra a trajetória de Erasmo, explica como a Jovem Guarda foi um capítulo fundamental na música brasileira e discute o legado do músico.

    O episódio ouve Renato Terra, colunista da Folha e diretor de cinema, e Manoel Barenbein, o produtor musical mais importante da tropicália, que trabalhou com Erasmo em três discos.

    Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e Laura Lewer, que assinam o roteiro.

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    21 mins
  • Casimiro, os streamers celebridades e a transformação dos reacts
    Nov 17 2022

    Os vídeos em que streamers e influenciadores registram suas reações ao assistir a outros conteúdos da internet acumulam milhões de visualizações em plataformas como YouTube e Twitch. Nessas transmissões, eles comentam de visitas a mansões de luxo a programas de namoro na TV; da montagem de uma lancheira por uma mãe à fabricação de doces numa padaria da Coreia.

    No Brasil, uma das celebridades do gênero, chamado de “react”, é Casimiro Miguel. Ele se tornou uma figura tão influente que vai transmitir e comentar jogos da Copa do Mundo do Qatar em um novo canal no YouTube, a CazéTV.

    A televisão já tinha quadros similares a esse gênero, como as videocassetadas no Domingão do Faustão, da TV Globo, que eram exibidas junto a comentários do apresentador. Mas, nas plataformas de vídeo, os “reacts” ganharam não só um nome, mas também uma dimensão maior e uma comunidade de fãs.

    No episódio desta quinta-feira (18), o Expresso Ilustrada reage ao fenômeno. Com o colunista do UOL Chico Barney e o streamer Luide Matos, o podcast analisa por que a linguagem dos reacts faz tanto sucesso e discute a relação dos fãs com esse tipo de conteúdo.

    Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A reportagem, o roteiro e a edição de som deste episódio são de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e Laura Lewer.

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    24 mins
  • A representação do aborto nas artes
    Nov 10 2022

    Retratos de aborto eram casos raros nas artes visuais até a artista portuguesa Paula Rego realizar uma série de gravuras sobre o tema. As telas à óleo retratam mulheres sozinhas em quartos tentando realizar o procedimento. A ausência de sangue nesses quadros era proposital. Ela não queria que o aborto fosse mais uma vez retratado de maneira sensacionalista.

    Mas, nos últimos anos, as nuances que a artista portuguesa explorou na série "Aborto" vêm ganhando mais contornos na cultura. Mais obras sobre o assunto estão sendo produzidas, e outras que circulavam à margem do mercado de arte estão sendo adquiridas para acervos de grandes museus.

    O Expresso Ilustrada desta semana discute por que a interrupção da gravidez tem aparecido em produções culturais após décadas de silêncio, quais são as artistas que retratam o aborto em obras históricas e qual a perspectiva de artistas contemporâneas de representar a interrupção da gravidez em seus trabalhos.

    Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e o roteiro é de Carolina Moraes.

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    19 mins
  • Juliano Maderada e o hit 'Tá na Hora do Jair Já Ir Embora'
    Nov 3 2022

    A disputa para decidir quem seria o próximo presidente da República foi acompanhada de uma batalha de hits, tanto a favor de Lula, que levou a disputa pelo cargo com 50,9% dos votos, quanto de Bolsonaro, que teve 49,1%.

    A festa da vitória do petista na avenida Paulista, em São Paulo, foi cheia de músicas para animar o público, com cantoras como Daniela Mercury e Maria Rita. Mas o que agitou mesmo seus apoiadores foi a bem menos conhecida Maderada Brasil, uma banda de Iguaí, da Bahia. É deles o grande sucesso musical dessas eleições, “Tá Na Hora do Jair Já Ir Embora”.

    A música chegou ao topo do ranking Viral 50 do Spotify Brasil na segunda-feira, logo depois do segundo turno. A única que tinha aparecido nessa lista até então era “Capitão do Povo”, música de Mateus e Cristiano a favor de Bolsonaro que chegou a 19ª posição no ranking.

    O Expresso Ilustrada desta semana relembra quais foram os jingles mais famosos do país e conversa com o dono do hit mais celebrado de 2022 para entender por que a canção fez tanto sucesso. O programa também ouve João Pedro Pitombo, repórter da Folha ​em Salvador.

    ​Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Marina Lourenço e Carolina Moraes, que também assinam o roteiro.

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    23 mins
  • Milton Nascimento, o clube e a esquina
    Oct 27 2022

    Foi o cruzamento entre as ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, que inspirou o nome do álbum "Clube da Esquina", imortalizado como um dos maiores da música brasileira.

    O espaço se tornou uma metáfora para os encontros de Milton Nascimento, Lô Borges, e uma série de outros músicos que se iam aos bares do centro da cidade, à praia de Mar Azul e ao estúdio da gravadora Odeon, no Rio de Janeiro.

    "Clube da Esquina" também foi fundamental para a produção de Milton. Com o álbum, o músico chega ao auge da própria regionalidade –e extrapola o sincretismo musical que já vinha construindo, misturando estilos como o rock, o jazz, o blues e ritmos latino-americanos.

    O Expresso Ilustrada dessa semana fala sobre os 50 anos de Clube da Esquina e os 80 anos de Milton Nascimento.

    O episódio discute como a vivência de Bituca em Minas Gerais foi fundamental para a obra dele, como Lô Borges e Beto Guedes inseriram na arte dele uma fase psicodélica e qual a importância do álbum "Clube da Esquina" para a música brasileira. Para isso, o podcast conversa com Laura Lewer e Lucas Brêda, repórteres da Folha.

    Escute a playlist "a minas de milton": https://open.spotify.com/playlist/10ZRpBl4kZi8H6qaTqJoPS?si=a3fcec7901924c51&nd=1

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    22 mins