A consciência dos pais e dos professores, diria até da população em geral, para as questões da saúde mental é, felizmente, cada vez maior.

Ter consciência deve significar estar mais atento, perceber sinais e dar importância ao que é mesmo importante.

A pertubação da hiperatividade e défice de atenção é uma perturbação do neurodesenvolvimento infantil, com características específicas e que os especialistas nesta área conseguem diagnosticar. Estima-se, aliás, que entre 10 e 15% da população infantil apresente alguma das formas desta perturbação e que acabe por ser diagnosticado.

Mas nem tudo é óbvio. E confundir comportamentos indisciplinados e birras com uma perturbação deste tipo pode até dar jeito, mas não é nada aconselhável.

Ana Castro é pediatra no Hospital da Luz Póvoa de Varzim e tem dedicado a sua vida profissional à pediatria do desenvolvimento. É por isso que está hoje neste episodio do Pediatra Responde. Para nos ajudar a perceber como se lida com crianças e jovens com estas perturbações e qual a importância da medicação que é prescrita pelos médicos para estes casos.

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Anorexia, bulimia... As perturbações do comportamento alimentar são conhecidas há muito tempo, mas nem sempre são fáceis de diagnosticar ou de tratar.

Num mundo em que uma imagem vale mais do que mil palavras - especialmente se for a imagem de um corpo magro, escultural e perfeito –, é completamente ‘normal’ passar a vida a fazer dietas, exercício físico e insistir na perda de peso, para atingir essa imagem de perfeição.

O problema é quando deixamos de perceber o que é ‘normal’. Ou quando nem damos conta da intensidade da dieta, do desporto, da fome que invade o nosso corpo.

Qual é a linha vermelha de tudo isto?

Neste episódio do podcast Hospital da Luz, da série O PEDIATRA RESPONDE, conversamos com Inês Pinto, psiquiatra da infância e da adolescência no Hospital da Luz Lisboa, que está especialmente dedicada ao acompanhamento de quem sofre deste tipo de perturbações. E ouvimos o depoimento de Maria, a jovem cuja anorexia atirou para vários internamentos hospitalares.

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Dizer que as nossas crianças, os nossos adolescentes já nasceram neste mundo de facebooks, instagram, youtube ou tik toks não chega para explicar toda a dimensão do que isso representa.

A vida deles faz-se, em grande parte, à volta de um telemóvel, de onde retiram quase tudo: relações de amizade, integração no grupo, referências para o seu dia-a-dia...

Estaremos perante novas fontes de doença - de adição, por exemplo - ou de novas formas de relacionamento social?

Temos de nos preocupar com esta sensação de excesso de internet na vida dos mais novos? Ou a vida deles tem mesmo de ser assim, para poderem ter sucesso entre amigos, na escola, num futuro profissional?

Estas perguntas não são fáceis de responder. Mas, neste podcast Hospital da Luz da série O PEDIATRA RESPONDE, vamos tentar abrir algumas portas com a ajuda da psicóloga Filipa Fonseca, do Centro de Neurodesenvolvimento e Comportamento da Criança e do Adolescente do Hospital da Luz Lisboa.

A internet, as redes sociais e muitas respostas para ajudar pais e educadores a perceber melhor como lidar com os seus filhos.

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