PÚBLICO Brasil

By: PÚBLICO Brasil
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  • O podcast do PÚBLICO Brasil é um encontro de talentos, informação, dicas e debates sobre a real dos brasileiros em Portugal.

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  • “Me despedi de julgamentos e comecei a cantar”, afirma Madu
    Sep 3 2024

    A cantora e compositora pernambucana Madu chegou em Portugal em 2019 para cursar letras, na Universidade de Lisboa. Mas a sua vida foi preenchida com a música. A academia não lhe encheu os olhos e, com a pandemia do novo coronavírus, voltou a fazer o que mais gosta: cantar e compor canções. Acompanhada sempre pelo violão de Ely Janovelli, paraibano e estudante do doutorado em composição musical, que encontrou a cantora em uma reunião de amigos.

    O mundo perdeu uma professora para ganhar uma artista de múltiplas facetas. A música Contratempo foi a primeira que ela escreveu e que, de fato, gostou. Ela admite que compunha desde pequena, mas em inglês, porque tinha vergonha de escrever em português e se julgava mal ao cantar.

    A vinda para Portugal a fez perder aquilo que a limitava: “Me despedi de julgamentos, comecei a escrever. Compus Contratempo numa noite de inverno muito fria”, relembra. Para Madu, essa música faz com que as pessoas que moram em terras lusitanas se identifiquem com ela, porque traduz o que é ser imigrante, por passar muitos contratempos na vida.

    A pernambucana reconhece que sua primeira canção é triste. “Eu gosto de fazer músicas que a gente possa chorar dançando. Tem todo esse movimento legal, é uma música importante na minha vida”, ressalta. Ela acrescenta que, a partir de suas composições, foi entendendo que seu lugar era mesmo no palco.

    Ely, o violonista, declara que sua formação mais instrumental sempre fez parte do mundo da academia e do mundo popular. Foi nas ruas de Lisboa que ele e Madu convergiram e criaram a canção Gabriela.

    Madu explica: “Nós nos encontramos porque temos amigos em comum e, na verdade, eles planejaram nos juntar, eu não sabia. Ely tinha acabado de chegar a Portugal e queria uma compositora para acompanhar além do doutorado dele. Os dois foram a um jantar. De início, ele ficou calado, mas, depois de uma esticada em um bar, viram que tinham muito em comum e não se largaram mais. Paraíba e Pernambuco finalmente se juntaram em Portugal.

    Vários lançamentos musicais da dupla vão acontecer ainda neste ano. “Almejo continuar meu trabalho, reforçando a cultura pernambucana, nordestina, dentro do contexto europeu. Quero expandir meu trabalho para fora de Portugal”, afirma Madu, que, depois de quase quatro anos distante de sua terra natal, retornou às origens. Foi uma enorme emoção para a menina que tinha medo de cantar.

    Madu se traduz por completo em um poema: “Aqui não tem Olinda, linda pra andar, tampouco batuques de naná. Tem a bossa nossa no meio da rua, jazz ferve, mas não é frevo pra frevar. Axé pra dentro, sigo atenta ao ar 'calento', perto e longe da energia do folião, entendo. Nessa terra posso até ser colombina, mas sou mesmo é lampião”.

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    31 mins
  • Karla da Silva: "O samba, com todos os seus sotaques, une e cura"
    Aug 26 2024

    A menina de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, praticamente nasceu ouvindo música. "Nasci e cresci numa casa com todas as dificuldades que a gente transformou em arte, poesia e muito afeto", diz a cantora Karla da Silva, que, há cinco anos, escolheu Portugal para fincar raízes.

    "Venho de uma família de muitas mulheres, todas cantoras. Só uma delas era profissional, mas todo mundo cantava na minha casa. Meus primos, minhas tias, todo mundo. Lá em casa era proibido desafinar, era proibido cantar errado, a gente tinha que aprender a cantar direitinho”, conta a artista.

    O samba, como estava predestinado, era o ritmo que embalava aquela cantoria. Não sem razão. Madureira é berço de três das mais tradicionais escolas de samba do Rio: Portela, Império Serrano e Tradição. Do quintal da casa de Karla, era possível ouvir o som das baterias, que se misturavam às rodas de samba e de choro promovidas pela família dela.

    Karla diz que, desde que entrou para a música profissionalmente, sempre procurou estar bem acompanhada. E um de seus principais parceiros em Portugal tem sido o paulista Cícero Mateus, que vive em terras lusitanas há 23 anos. Os tios dele já haviam emigrado para o país, quando ele e os irmãos cruzaram o Atlântico a fim de terem uma educação melhor.

    Karla da Silva e Cícero Mateus são os convidados do terceiro episódio do podcast PÚBLICO Brasil.

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    31 mins
  • Djedah, o jovem que saiu da Amazônia para desbravar o mundo com seu violão
    Aug 19 2024

    O violonista Djedah Medeiros Braga, 18 anos, nasceu no meio da floresta Amazônica e jamais poderia imaginar que, sob as asas do instrumento que ganhou do pai quando ainda era muito menino, desbravaria o mundo. E tudo se deu muito por acaso. Ao postar nas redes sociais um vídeo tocando, despretensiosamente, o seu violão, foi descoberto por uma série de músicos renomados do Brasil, incluindo o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda. “De repente, fiquei famoso”, diz.

    Djedah Medeiros Braga é o convidado do segundo episódio do podcast e videocast PÚBLICO Brasil.

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    20 mins

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